O Município

Dados do município.

Dados do município/localização

Fundação: 05/02/1985
Emancipação Política: 05.02.1985
Gentílico: milhaense
Unidade Federatíva: Ceará
Mesorregião: SERTÕES CEARENSES
Microrregião: Senador Pompeu
Distância para a capital: 300 KM

Dados de características geográficas

Área: 502.344,00
População estimada: 13152
Densidade: 2.605,00
Altitude: 202
Clima: semiárido
Fuso Horário: UTC -3:00 (America/Fortaleza)

A origem deste município é recente, advindo ao desmembramento territorial de Solonópole, município situado à margem direita do rio denominado Capitão-Mor. Formada por pequenos agricultores, comerciantes e criadores de espécies diversas, a povoação desta região data do início do Século XX, porém sem perspectivas de grandes avanços econômicos.
O MUNICÍPIO DE MILHÃ

O município de Milhã, localizado no Sertão Central, microrregião de Senador Pompeu. Possui uma população de 13.078 habitantes, área de 502,04 km2 localiza-se a 300 km de Fortaleza. Segundo dados do (IBGE, 2010).

A origem deste município é recente, advindo ao desmembramento territorial de Solonópole, município situado à margem direita do rio denominado Capitão-Mor. Formada por pequenos agricultores, comerciantes e criadores de espécies diversas, a povoação desta região data do início do Século XX, porém sem perspectivas de grandes avanços econômicos.

No início chamava-se sitio Conceição, mas no ano de 1887 tornou-se vila, com o mesmo nome (Conceição) que, portanto, influenciaria na escolha da padroeira da futura cidade. A atual denominação tem origem no capim que era encontrado em grande abundancia na região. Sobre isso, Sampaio (1997, p. 100), afirma que “Milhã é nome de uma gramínea existente na região e que existem várias espécies no interior cearense”. Hoje essa gramínea é praticamente extinta em Milhã e suas adjacências.

CULTURA

- Vaquejada/Cavalgadas
Em Milhã as Vaquejadas eram organizadas pela comunidade, as competições eram realizadas no antigo parque de vaquejada onde hoje se encontra o mercado Central, mais conhecido como mercado novo. Relatos dos moradores que viveram na época afirmam que existia a divisão dos participantes em grupos com objetivo de arrecadar dinheiro para a Igreja. Eram dias de alegria onde marcavam os encontros entre amigos. A festa era incrementada pelas barraquinhas comunitárias e particulares. Os vaqueiros cedo de manhã se arrumavam e saiam desfilando com seus cavalos rumo ao parque. De acordo com relatos a Vaquejada milhaense era tradição na região, vindo pessoas de todos os locais para assistir e participar dos Encontros.
As Cavalgadas sempre atraem grandes públicos para Milhã, elas na maioria das vezes são realizadas por iniciativa privada. Os cavalos e vaqueiros desfilam entre as ruas de Milhã indo até as Parque de Vaquejada.


- Festa do Agricultor
Na comunidade de Milhã, além da festa da padroeira, tradicionalmente da Igreja Católica, foi criada pelo padre Elmas, no ano de 1959 a “Festa da Colheita” ou “Festa do Agricultor”, como ficou mais conhecida, e perdurou até a sua saída em 1965. A Festa do Agricultor começou após a seca de 1958, com medo que se repetisse a seca, a comunidade junto ao pároco, faziam um procissão carregando uma imagem de São José.
A festa traz muitas boas recordações àquela cidade, talvez seja um dos motivos pelas fortes lembranças da passagem do padre Elmas na comunidade. E apesar de ter sentido a importância dessa festa nos depoimentos, a pouca duração da mesma, é outra característica peculiar dela, já que a mesma, apesar de ter demonstrado sua importância na vida daqueles que dela participaram, acabou com a saída do referido padre. Os próximos párocos não deram continuidade à festa, o que demonstra a iniciativa particular do padre Elmas. E o povo também não continuou, o que nos faz perceber também, tamanho era o papel do pároco como dirigente da festa.
A Festa do Agricultor era realizada nos meses de junho, na época da colheita, e além dos recursos trazidos pela festa para a paróquia, também tinha como finalidade, como o próprio nome o diz, de enaltecer o trabalho, um tema carregado de forte significado para aqueles que sobreviviam de suas mãos calejadas pelos roçados. A sujeição dos frutos de seus trabalhos dependendo dos fenômenos naturais (chuvas) era outro dilema para o agricultor dos sertões, o que fortalecia a sua dedicação à religião como estratégia de resistência.
A festa como um prolongamento das cerimônias católicas como as procissões e a missa, era carregada de rituais simbólicos. As procissões com os homens do campo demonstrando suas ferramentas, roupas e força do trabalho, reforçavam sua fé e esperança da vinda de dias melhores auxiliados pelos santos.
Os homens todos oponentes com suas “armaduras” de trabalho, se consagram diante dos santos para pedir proteção para enfrentar as adversidades do sertão (as secas) ou em agradecimentos pelos dias de farturas. Em contrapartida a festa do carnaval proibido pelo vigário, a fantasia agora é outra, a rua toma outra dimensão, autorizada e dirigida pela Igreja.
Os símbolos sagrados agora descem do altar e vai para perto dos trabalhadores, de suas realidades, de sua linguagem. Agora, suas “armas”, ferramentas de trabalho passam a serem vistas com uma denotação do sagrado. Serão a partir dali símbolos de resistência e religiosidade.
A festa do Agricultor tinha suas particularidades que o diferenciava das festas tradicionais de santos da Igreja Católica. Duravam sete dias, e não se resumia em apenas orações, promessas e pedidos de uma vida melhor. Além dos rituais sagrados das cerimônias católicas, o padre buscava outras formas concretas de instruções através de cursos e demonstrações de técnicas para melhoria no campo.
Aqueles dias na cidade, os seus moradores e de seus arredores, dedicavam seus dias aos cursos, palestras, missas e procissões. Com a participação da Secretaria de Agricultura do Estado, a padre tinha a colaboração da ANCAR (Associação Nordestina de Crédito e Assistência Rural) para levar àquele povo, novas formas e técnicas de cultivo que auxiliassem o trabalho no campo, e ainda, a partir de 1960, a colaboração do Banco do Brasil.

- Sete de Setembro
A Independência do Brasil ocorreu em 7 de setembro de 1822. A partir desta data o Brasil deixou de ser uma colônia de Portugal. A proclamação foi feita por D. Pedro I as margens do riacho do Ipiranga em São Paulo. Em Milhã era frequente que os desfiles fossem realizados pela E. E. F. M. Euclides Pinheiro de Andrade e pela Companhia Nacional de Escolas da Comunidade (CNEC) Jose De Alencar (in memoriam)

- Quadrilhas Juninas
As Festas Juninas eram tradicionalmente organizadas pela comunidade e contava com a participação das escolas do município. Por vários anos Milhã foi destaque pelos grandes festivais de quadrilhas realizados no município que atraiam pessoas de diversas cidades vizinhas. Atualmente existe a Quadrilha “Filhos de Milh㔠que participa de campeonatos regionais e anualmente realiza apresentações para fortalecimento da cultura local e as comemorações por parte do município são realizadas nas escolas municipais.

- Carnaval
Em Milhã Padre Elmas realizava campanhas espirituais para consagrar e conscientizar a população em relação à festa. Entre os anos de 80 e 90 as comemorações eram realizadas no centro paroquial onde Crianças, Jovens, Adultos e Idosos se alegravam e dançavam. Diversos blocos carnavalescos vinham da Capital (Fortaleza) para realizar apresentações nas ruas, eram utilizados apitos, mascaras, fantasias e outros acessórios.

- Caretas
Os caretas em Milhã aparecem anualmente próximo ao período da Semana Santa. Os brincantes caracterizados dançam vestidos com roupas de pano e de saco e utilizam instrumentos que chamem atenção, como por exemplo, o chocalho. Carregam sobre o lombo de um jumento um boneco simbolizando o Judas” que será queimado no final das comemorações.

- Semana do Município
As comemorações do aniversário do município de Milhã são realizadas anualmente na semana que envolve o dia 05 de Fevereiro, dia esse onde Milhã foi oficialmente emancipou-se. Durantes as comemorações são de costumes dos gestores municipais inaugurarem obras. Campeonatos em diversas modalidades, Corridas de rua, Mutirões de ação social, Shows na praça pública são algumas das atividades realizadas para homenagear o município.

- Festa da Padroeira
A Padroeira de Milhã é N. Sra. Da Conceição, as festividades para ela se iniciam no dia 28 de Novembro e vão até o dia 07 de Dezembro com as novenas, sendo que no dia 08 de Dezembro é o dia da Grande Festa para a Padroeira. Bingos, barracas com comidas típicas, desfiles, quermesses e caminhas durante a madrugada são algumas das comemorações do período.

- Grupos de Artistas
O Município de Milhã sempre foi muito propicio para o surgimento de jovens talentos hoje temos vários grupos de Seresta, Teatro, Danças entre outros.

- Quilombolas
Os Quilombolas em Milhã são Afrodescendentes que buscaram algumas regiões do município, como por exemplo, Carnaubinha, Grosso e Barra do Juazeiro como refúgio. Marivalda Kariri se destaca na realização de um longo trabalho de pesquisa e ações sociais juntos aos Quilombolas.
Já com a nova denominação em 1935, Milhã torna-se distrito do Munícipio de Solonópole. Torna-se distrito, mas o desejo de emancipação política persiste na cabeça e no coração de seus habitantes. No ano de 1983 por intermédio do deputado Pinheiro Landim, um projeto é apresentado na Assembleia Legislativa do Ceará, visando a emancipação política da vila. Após a tramitação do projeto, chegava a hora da população atestar o anseio de emancipação, e em 22 de janeiro de 1984, um plebiscito foi realizado na comunidade, a população então, disse “sim”, aumentando as chances da vila obter o status de cidade e sua tão almejada liberdade político- administrativa

Após o plebiscito o então distrito é elevado à categoria de município conservando a denominação de Milhã, pela lei estadual nº 11.011, de 05 de Fevereiro de 1985, através do decreto de 1505/1987. Além do munícipio, é criado o distrito de Monte Grave e anexado ao município de Milhã. Carnaubinha que também pertencia a Solonópole passa a categoria de distrito milhaense. Pela lei municipal nº 012, de 16-12-2002, foram criados mais três distritos: Baixa Verde, Barra e Ipueiras, anexado ao município de Milhã. Assim em divisão territorial datada de 2007, o município é constituído de cinco distritos: Baixa Verde, Barra, Carnaubinha, Ipueiras e Monte Grave.

O período de independência político-administrativa de Milhã, 1985, é um ano marcante tanto parar os filhos dessa terra, como para todo o Brasil, que saía de um período ditatorial (ditadura militar de 1964 a 1985) e caminhava para o processo de redemocratização. Tínhamos como o presidente civil, Tancredo Neves, que impossibilitado de assumir por motivos de doença e com sua posterior morte, deixou a cargo do governo federal o vice José Sarney. A história Nacional e local, caminham lado a lado, e Milhã nesse mesmo ano comemora sua liberdade politica de Solonópole, iniciando o processo de organização do jovem município.

Na fase de Transição, o então prefeito de Solonópole, José Pinto de Macedo assume a liderança também de Milhã. Até que a eleição ser convocada. Esta, elege como primeiro prefeito de Milhã, Josimar Rodrigues Pinheiro. Ao final de seu mandato, José Pinto de Macedo novamente assume a prefeitura, agora como prefeito eleito de Milhã. Ambos naturais do município de Solonópole, iniciando a história política da pequena cidade, recém-emancipada.
Município conhecido como "A Terra do Leite" por ser proporcionalmente a maior produtora de leite do estado do Ceará

HINO DO MUNICÍPIO DE MILHÃ

Letra: Maria de Fatima Pinheiro
Melodia: Maestro José Cordeiro de Araújo

Milhã, por teus filhos és amada
De ti sentem orgulho, és terra de amor
No áureo de tua vida gloriosa e altaneira
Ressoa o clarim de um novo esplendor.

(coro)
És tida ó terra por todos que a conhecem
Como berço de paz e de boa acolhida
A força, o trabalho, a fé, a coragem
És símbolo de progresso, ó terra querida.

BRASÃO DO MUNICÍPIO DE MILHÃ

O Brasão é composto dos seguintes elementos:
1- Do lado esquerdo um ramo de algodão que representa a economia dos tempos de fundação;
2- Do ado direito um ramo da Gramínea Milhã, que deu origem ao nome da cidade;
3- Na parte de baixo um diamante, representando a leve presença dos minérios no solo Milhãense;
4- Um Chapéu de couro que representa tanto a região nordeste como a agricultura local;
5- A cabeça de Vaca simboliza a tradição em pecuária, levando o município a destaque estadual em produção de leite;
6- Ao centro o predomínio da Agricultura na forma de trabalho local;
7- Sobre o brasão uma estrela
8- Abaixo do brasão uma faixa com o nome do Município.

A BANDEIRA DE MUNICÍPIO DE MILHÃ

A Bandeira de Município de Milhã se assemelha a do Brasil tendo em sua composição um retângulo verde, um losango amarelo no centro, uma esfera branca dentro do losango e um brasão de Milhã dentro da esfera.


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